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Contradição

O resgate da verdade interior vem de dentro. De uma voz que aprende a escutar, em compromisso, todas as outras vozes e que, não por causa disso, se torna todas ou alguma delas.
É necessário, por isso, abrir o coração à unicidade e a um estudo intimo que aprofunda e exercita a escuta interna e a Visão pessoal. Aquela que Sente e que busca, no invisível, o essencial.
É necessário reconhecer que este estudo incluiu aprender a contactar diariamente com a arte da contradição, observando a profundidade e a superfície, porque só este trabalho com os opostos torna possível alcançar o equilíbrio.
Tudo por uma sabedoria e um conhecimento que relembra o que é cuidar e ser cuidado. Tudo pela reconciliação e ressignificação com a História, aquela que podemos transformar, a todo o momento, num caminho novo.
É tempo de viver à luz do dia. É tempo de dar as mãos e de descobrir que o medo pode tornar-se a maior força: a união.
É tempo de aceitar a Contradição como uma Consagração. É tempo de a viver na pele e compreender que podemos silenciar, assim como dançar no meio do ruído e da multidão.
É tempo de partilhar com Deus, em recolhimento, e também ser a sua expressão no mundo.
Por isso, é tempo de percorrer o caminho do meio. O caminho da sensibilidade.
A dor faz parte do processo, seja qual for a escolha. Que saibamos, por isso, aprender a escolher com o Coração.
Desde que assumamos o compromisso, de percorrer os mistérios de uma linha muito fina, onde o resgate dos verdadeiros princípios e valores humanos e espirituais são o mote.
Estamos a gestar novas formas de criar vida, magia e beleza. E, por isso, é tempo de acreditar, de proteger. Não é tempo de esconder.
É tempo de nos unirmos por um coração maior, com raizes fortes. Por uma voz, que une todas as vozes e que abre um espaço seguro e sagrado para sermos quem somos.
Escolher viver é ser amor, é dar e receber, é magoar e ser magoado. É dizer sim, é dizer não. É abrir e fechar portas, é ser brisa e furacão.
Escolher viver é, acima de tudo, darmos as mãos na luz e na escuridão. É descobrir que, de uma forma ou de outra, só temos uma escolha: sermos felizes.

Sara Rica

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