Skip links

Milena Mendes

Sou a Milena.
O meu nome e o meu universo são tão ricos quanto a terra que me viu nascer e a terra que me vê a florescer e a expandir cada vez mais. Expressar e expor as minhas emoções sempre foi um processo desafiante para mim. E ainda é, por vezes. Contudo, a vida tem-me trazido várias mensagens e uma delas é: dá-te a conhecer ao mundo! Por isso, hoje escrevo e partilho convosco partes de mim. Sinto uma emoção e uma libertação tão genuínas, que se assemelham às sensações de um parto. Com todo o amor e dor, este texto representa mais um renascimento em mim.

Nasci e cresci, em França, num ambiente familiar muito desafiante, onde o amor esteve presente, mas onde as dores falavam mais alto. Para me proteger, criei uma máscara social e envolvi-me numa carapaça, onde aparentemente deixei de querer ser vista. Desde criança sinto uma profunda ligação a Portugal e, como tal, sempre tive o desejo de fazer a minha vida por cá. Assim, despedi-me da minha terra natal aos 20 anos. Dar este passo, sozinha e deixando a minha família em França, foi uma das decisões mais impactantes da minha vida, tendo iniciado aqui o meu caminho de libertação e expansão. De várias maneiras, permiti-me a expressar o que estava reprimido, de forma a resgatar a minha sensibilidade. Para ultrapassar a dormência, uma das experiências que vivenciei foi a auto-mutilação. Viver esta fase, levou-me a distrair de tudo e de todos. Procurava somente aliviar as minhas dores emocionais em momentos de tensão. Hoje, tenho a plena noção de ter sido necessário passar por isto, para atingir outro nível de consciência dentro de mim. Foi como que um despertar.

Aos 33 anos, iniciei o meu caminho espiritual com a necessidade de encontrar respostas sobre a suspeita de um abuso sexual. Entrei em contacto com as plantas medicinais da Amazónia e desde então tem sido uma viagem profunda de conexão e auto-conhecimento. Uma viagem que me traz de volta à minha essência, curando as minhas feridas e desenvolvendo os meus dons. Um caminho de resgate das minhas raízes e de mim mesma, onde tenho sentido o quão importante é viver a minha liberdade e individualidade. O respeito e o amor por mim são os condimentos certos para ir abrindo, cada vez mais, o meu coração, aceitando que tudo faz parte e desapegando daquilo que já não ressoa comigo.

Hoje sou cuidadora humanizada e sou terapeuta. Um dos meus propósitos de vida é a cura da família. Da minha e das que passam pelo meu caminho. Sou mediadora familiar e incentivo, cada um, a desenvolver um sentimento de pertença, a assumir e a ocupar o seu lugar na família e a manifestar todo o seu potencial. O meu papel passa por acompanhar pessoas especiais, procurando realçar o melhor de cada um/a, envolvendo-as em estratégias para evoluir, respeitando a sua integridade e individualidade. Ao longo do meu caminho, tenho vindo a dar asas à minha sensibilidade. O meu desabrochar levou-me ao início de um estudo pessoal sobre o resgaste e reconhecimento da minha ancestralidade. Como tal, actualmente, uma das terapias que desenvolvo dá pelo nome de Medicina Ancestral. É uma terapia de cura intuitiva que abrange as quatro dimensões do Ser – física, mental, emocional e espiritual – onde a ovoterapia, o toque sensorial e a massagem criam uma união simbiótica.
A mesma tem o propósito de abrir o coração e o caminho, despertando a força e a doçura, os níveis de sensibilidade adormecidos e as memórias ancestrais. Uma terapia de harmonização que ajuda a limpar, integrar e a desapegar das dores que vibram nos três níveis de consciência: inconsciente, sub-consciente e consciente.

O que me move é o amor,
O que me move é a vida e o que dou e recebo dela.
O que me move é a minha própria evolução e a evolução das minhas relações.

Pertencer à família Raiz de Portugal é sentir a união dos corações e é crescer em conjunto.
É sentir que aqui sou acolhida e que todo o meu Ser é bem-vindo.
É sentir o propósito maior que nos conecta e é sentir-me em casa.
Por mim, por ti, por nós e por todas as nossas relações.

Milena Mendes

?  THE BLUE DREAMER / Joana Patrício

Leave a comment